Svante Arrhenius
Svante Arrhenius, um renomado químico, físico e matemático sueco, nasceu em 19 de fevereiro de 1859, em Vik, Suécia. Criado em uma família de agricultores, seu interesse precoce por ciência e matemática se destacou desde a infância. Aos 19 anos, publicou seu primeiro trabalho científico sobre eletroquímica e mais tarde prosseguiu seus estudos na Universidade de Uppsala, onde obteve seu doutorado em físico-química em 1884.
Ao longo de sua carreira, Arrhenius fez contribuições significativas em várias disciplinas, abrangendo eletroquímica, termodinâmica, físico-química, meteorologia e geologia. Sua teoria sobre a dissociação eletrolítica, notável pela natureza iônica das soluções, lhe conferiu o Prêmio Nobel de Química em 1903, marcando a transição da química de uma abordagem qualitativa para uma ciência quantitativa.
Arrhenius também é lembrado por suas percepções sobre o efeito estufa e o clima global. Em 1896, seu artigo "Sobre a influência do ácido carbônico no ar na temperatura da Terra" trouxe estimativas do efeito de resfriamento atmosférico devido à diminuição do dióxido de carbono (CO2), considerando medições de Langley. Ele previu que uma atmosfera mais fria conteria menos vapor d'água, aumentando o resfriamento, e especulou sobre a possibilidade de uma era glacial ao reduzir o CO2 pela metade. Apesar de antecipar o impacto do carbono humano, Arrhenius, devido à baixa produção de CO2 em 1896, acreditava que o aquecimento seria benéfico e ocorreria em milhares de anos.
Faleceu em Estocolmo, em 2 de outubro de 1927, deixando um legado duradouro que influenciou áreas diversas como química, física, meteorologia e geologia, contribuindo substancialmente para a compreensão moderna do aquecimento global antropogênico.
Fontes:
Spencer R. Weart .The Discovery of Global Warming. 2008. Disponível em: https://www.amazon.com.br/Discovery-Global-Warming-Spencer-Weart/dp/067403189X
Svante Arrhenius (1896). On the influence of carbonic acid in the air upon the temperature of the ground. Philosophical Magazine and Journal of Science. 41 (251): 237–276. Disponível em: doi:10.1080/14786449608620846