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Publicação da Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

A Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) foi publicada em 2004, representando um marco significativo no compromisso do país com as ações globais de enfrentamento às mudanças climáticas. Este documento oficializou a participação ativa do Brasil na Convenção, detalhando as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e as medidas adotadas para mitigar e se adaptar aos impactos climáticos.


Conteúdo Principal da Comunicação Nacional Inicial


  1. Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE)O documento apresentou o primeiro inventário nacional das emissões de GEE, abrangendo o período de 1990 a 1994. As emissões foram categorizadas por setores, incluindo:

    • Energia: abrangendo a combustão de combustíveis fósseis e outras atividades energéticas.

    • Processos Industriais: considerando as emissões resultantes de processos produtivos.

    • Agropecuária: incluindo atividades agrícolas e pecuárias.

    • Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (UTMUTF): destacando o impacto do desmatamento e outras alterações no uso do solo.

    • Resíduos: relacionados ao tratamento e disposição de resíduos sólidos e efluentes.

    O inventário revelou que as mudanças no uso da terra e florestas, especialmente o desmatamento na Amazônia, foram responsáveis por uma parcela significativa das emissões nacionais de GEE no período analisado.


  2. Políticas e MedidasA Comunicação Nacional detalhou as iniciativas implementadas pelo Brasil para mitigar as emissões de GEE e promover o desenvolvimento sustentável, tais como:

    • Promoção de Energias Renováveis: com destaque para o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), incentivando o uso de etanol como combustível.

    • Conservação de Florestas: implementação de políticas para reduzir o desmatamento e promover o manejo sustentável das florestas.

    • Eficiência Energética: programas voltados para a melhoria da eficiência no consumo de energia em diversos setores.


  3. Vulnerabilidade e AdaptaçãoO relatório identificou as regiões e setores mais vulneráveis às mudanças climáticas, incluindo:

    • Região Nordeste: suscetível a secas prolongadas e desertificação.

    • Amazônia: vulnerável a alterações no regime de chuvas e aumento de temperatura.

    • Zonas Costeiras: ameaçadas pela elevação do nível do mar e erosão costeira.

    Foram propostas medidas de adaptação para minimizar os impactos negativos, como o desenvolvimento de tecnologias agrícolas resistentes à seca e a implementação de sistemas de alerta precoce para eventos climáticos extremos.


  4. Capacitação e Pesquisa CientíficaO Brasil destacou a importância de fortalecer a pesquisa científica e a capacitação técnica no campo das mudanças climáticas, promovendo a criação de redes de pesquisa e a participação em programas internacionais de monitoramento climático.


Importância da Comunicação Nacional Inicial

A publicação deste documento consolidou o compromisso do Brasil com a transparência e a cooperação internacional no enfrentamento das mudanças climáticas. Além de cumprir as obrigações estabelecidas pela UNFCCC, a Comunicação Nacional Inicial serviu como base para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à mitigação e adaptação, contribuindo para a conscientização e engajamento da sociedade brasileira na busca por um desenvolvimento sustentável.


Acesse o documento na íntegra aqui: https://repositorio.mcti.gov.br/handle/mctic/4766

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